domingo, 31 de maio de 2009

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esperando a idéia nascer.
o fogo subir.
o peito arder.
e de tudo usufruir.

esperando o tempo passar.
a hora partir.
nada muito a declarar
sem ter aonde ir.

esperando chegar aos dezesseis.
terminar os vinte.
até conseguir insensatez.
até conseguir requinte.

sem muito o que perder,
persisto esperando.
e chega até, de vez em quando,
ansiosamente viver.

Ana Luiza Moura

sábado, 30 de maio de 2009

Nada muito a declarar

É simples até. Escrever num papel em branco sem pensar em nada consistente suficiente pra expressar. É apenas aquela antiga e insatisfeita necessidade de se apresentar. Idéia, aqui estou eu. Como se na nossa cabeça tivessem diversas idéias a serem exploradas. E quando não?

blá blá blá.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Das Crises e suas complicações


como se vomitasse cada sensível idéia para não ter que vê-la no cemitério interno, nas prateleiras empoeiradas, nas gavetas trancadas, no cheiro de mofo, nas angustias descompassadas. para que fosse uma salvação, pelo mesmo, para a idéia. e não ver dias depois ela - tão nova, tão cheia de planos - tão perdida. porque nada, estava lotado demais, gritante demais.

Ana Luiza Moura

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Persistente e contínua seqüência:
ausência - presença - ausência - presença.


Ana Luiza Moura

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Dos inversos

de cada pranto, mil e uma alegrias.
de cada angústia, sete dias de descanso.
de cada metade, milhares de plenitudes.
de cada vazio, minutos inteiros.
de cada dor, a cura.
de cada desvio, mais quilômetros percorridos.
de cada ausência, desfrutes de si mesma.
de cada incoerência, o colo de preferência.

de cada partida, um encontro.

Ana Luiza Moura